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Lições que um muro (sim, um MURO) me ensinou

Foto do escritor: Felipe LedierFelipe Ledier

Atualizado: há 6 dias

Não, você não leu errado. Um muro me ensinou lições valiosas sobre trabalho, vida e humildade.


Tudo começou com a minha adorável gatinha, a Filó (ou Filomena, quando ela está aprontando), decidindo virar exploradora do quintal. Apesar das telas de proteção, a danada achou uma rota de fuga. Então, lá fui eu, com toda a confiança de quem mal sabe apertar um parafuso, planejar um jeito de mantê-la em segurança. Criar uma barreira que a impedisse de sumir.


Filomena: A causadora dos meus problemas se fazendo de inocente blazée: A gatinha Filomena (Filó) sentada na beira do quintal, olhando diretamente para a câmera com uma expressão tranquila e inocente, contrastando com o título que sugere sua atitude travessa.
Filomena: A causadora dos meus problemas se fazendo de inocente blazée.

  • Primeiro passo: fotos e medições do local.

  • Segundo passo: compra dos vasos de planta na loja de jardinagem.


Tudo dentro do script de uma pessoa organizada. Mas é a partir daqui que a aventura começa.


Antes, deixa eu abrir um parênteses. Sou um menininho urbano: minha infância foi jogando Atari, assistindo Sessão da Tarde e, no máximo, fazendo pipas com papel de seda colorido (você me dá papel e tesoura e eu brilho). Carrinho de rolimã? Não. Ferramentas? Tão misteriosas quanto os controles de uma espaçonave. E furadeira? Bom, vamos dizer que meu histórico com ela não existia até aquele dia.


De volta ao meu projeto, lá estava eu com vasos, parafusos, buchas e a furadeira – protagonista dessa epopeia. Como gestor de projetos, tudo na minha vida vira um plano com etapas, metas e, claro, gargalos. Fixar 10 vasos em um muro não seria diferente.


Primeira etapa: planejamento.


Fita adesiva posicionada de forma precisa no muro, usada como template para marcar os locais exatos onde os furos serão feitos, mostrando o cuidado e a organização na preparação da tarefa.
Fita adesiva utilizada como template para as marcações dos furos a serem feitos no muro.

Usei fita adesiva para marcar os locais dos furos, criando um “template” no muro. Confiante, comecei a furar. Aí veio o primeiro gargalo: minha genialidade em escolher uma broca menor do que a bucha. Resultado? Buchas destruídas e uma dose generosa de frustração. Depois de algumas tentativas (e muita teimosia), percebi que precisava de uma broca maior do que o parafuso. Eureka!


Vista detalhada das fitas adesivas já posicionadas no muro, indicando os pontos exatos para as perfurações que permitirão a instalação dos vasos, revelando a precisão do planejamento.
Fitas adesivas já posicionadas no muro onde serão feitas as furações.

Próxima etapa: o inesperado teste de força.


Furar 20 buracos em um muro de cimento é basicamente um treino para as Olimpíadas da perfuração. Braços tremendo, suor escorrendo e, claro, furos descontrolados. Foi quando percebi o segundo problema: a profundidade dos furos. Alguns ficavam tão profundos que parecia que eu estava tentando atravessar o muro para o vizinho. Solução? Fita adesiva na broca para marcar a profundidade. Funcionou como um charme.


Imagem da broca da furadeira, com uma fita adesiva destacando a profundidade exata necessária para as perfurações no muro. Ao lado, a mão de Felipe Ledier segura uma bucha, indicando a posição exata para a instalação dos parafusos.
Broca da furadeira com fita adesiva mostrando a posição da profundidade que deve ter as perfurações no muro.

Duas horas, muitos furos e um hematoma na palma da mão depois, finalizei. Buchas encaixadas, parafusos no lugar e vasos pendurados (já com as mudas das plantas) com a precisão de um designer obsessivo.


Vista do muro com os vasos já instalados nos pontos indicados pelas marcações, mostrando a finalização da instalação e o visual organizado com os suportes para plantas.
Muro já com os vasos presos em seus devidos lugares.

Imagem final do muro com os vasos fixados e as mudas de plantas já plantadas, simbolizando o término do projeto, com o toque de natureza agora integrado ao espaço.
Vasos presos ao muro com as mudas das plantas já plantadas.

A Filó segue segura (até ela descobrir como contornar os vasos), e eu ganhei um novo respeito por quem trabalha com cimento e tijolos.


Moral da história:


Não importa o quanto você estudou ou quanta experiência tem. Sempre vai surgir algo que você não sabe fazer. O segredo? Humildade para aprender e coragem para tentar (ou, no meu caso, coragem para encarar uma furadeira). Afinal, até um muro pode ensinar lições de vida – se você não tiver medo de errar (e se sujar no processo) e amanhar com dor nas mãos no dia seguinte.

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